quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lobão: biografia ‘em praça pública’


Matéria originalmente publicada em março de 2010 no TOM NETO.COM.


Em uma iniciativa pioneira, cantor escreve sua biografia diante de internautas

Aos 52 anos da idade – completará 53 em outubro –, o cantor, compositor, instrumentista e apresentador da MTV (ufa!) Lobão decidiu escrever as suas memórias. 50 Anos a Mil – o título é um corruptela de versos de “Decadence Avec Élégance” (“É melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez”) – está sendo escrito a quatro mãos pelo Grande Lobo em parceria com o jornalista Cláudio Tognolli.

Perguntado se utilizaria os serviços de um ghost writer, Lobão respondeu bem ao seu estilo, mencionando outra canção, a bela “Você e a Noite Escura”:

– Sempre fui o meu próprio fantasma – gracejou.

Contudo, diferentemente de qualquer outra biografia, 50 Anos a Mil apresenta uma particularidade: está sendo escrita praticamente... “em público”. Ou seja, à medida em que a narrativa avança, o autor de “Vida Louca Vida” disponibiliza, através de seu Twitter, pequenos trechos da obra – que ele prefere chamar de “pílulas” – aos seus mais de dezessete mil seguidores.

– Os trechos não são todos “sintetizáveis”. Além do mais, escolho randomicamente: às vezes, dá; às vezes, não. Mas acho isso bom – explica.

No livro, Lobão repassa sem pudores – e com muito bom humor – toda a sua, segundo o próprio, “atribulada” vida, sem excluir passagens traumáticas, como a sua prisão por porte de entorpecentes e a “expulsão” do palco do Rock In Rio II, debaixo de uma chuva de latas arremessadas por metaleiros.

– Sou um cara mais confessional do que gostaria de ser. Acho que torceria para ser uma criatura mais cool – divaga.


Quatro CDs e um DVD acompanharão o livro

Após anos de embates com determinados setores da mídia, Lobão não esconde a alegria de permanecer “vivo” – leia-se: artisticamente relevante:

– Não só me alijaram, como também me decretaram inúmeros atestados de óbitos! – debocha – E agora, eu aqui, vivinho, vou contando essas coisas...

O músico não deixa de detalhar o processo de gravação de seus discos, analisando a todos sem auto-indulgência:

Cuidado! foi justamente o que mais faltou em toda a produção desse álbum – que, aliás, poderia ter sido um compacto duplo, com “Esfinge de Estilhaços” e “Pobre Deus” no Lado A; e “O Eleito” e “Por Tudo Que For” no Lado B – fulmina.

O livro será acompanhado por quatro CDs com as melhores faixas de sua discografia – escolhidas pelo próprio Lobão –, além de seu único DVD, Acústico MTV, ganhador do Grammy Latino de 2007, na categoria Melhor Álbum de Rock [no detalhe, o artista exibe, feliz, a estatueta].

50 Anos a Mil sairá em outubro, pela editora Nova Fronteira. Para ler as “pílulas” de Lobão, basta acessar o Twitter do artista: http://twitter.com/lobaoeletrico.

Lobão: minha primeira resenha



Resenha originalmente publicada em março de 2010 no
TOM NETO.COM.


O ano era 1992. Eu estava concluindo o Ensino Médio, ainda sem saber o que fazer da vida. Mas já gostava (muito) de música naquela época. Aliás, meu interesse pelo assunto surgiu no tempo das fraldas...


Até que, uma bela manhã, abri o jornal. E vi uma nota sobre um show que Lobão faria, naquele mesmo dia, na Concha Acústica da UERJ. Entrada franca. “Estou dentro!”, pensei.

Na volta para casa, tive um impulso de... escrever a resenha da apresentação – que, permaneceu inédita até o prezado momento. Não me perguntem por que fiz isso – até hoje, não saberia responder.

Creio que, por não ter levado a máquina fotográfica, quisesse “registrar” aquele evento de alguma forma. O mais curioso é que, naquele instante, jamais me passava pela cabeça me envolver algum dia com jornalismo musical.

De 1993 para cá, muita coisa aconteceu. Tanto na carreira de Lobão quanto na minha vida. Portanto, a matéria em questão está sendo publicada aqui apenas à guisa de curiosidade. E (quase) sem edição...



Show
Projeto Brahma – O Primeiro do Meio-dia
Lobão, Boca Livre e Cássia Eller
Local: Concha Acústica da UERJ (Rio de Janeiro)
Dezembro de 1992


Em formato acústico, Lobão, Cássia Eller e Boca Livre fazem show para plateia barulhenta

Pelo nome, o evento deveria começar ao meio-dia. Deveria. Cheguei apenas quinze minutos antes desse horário, esbaforido, imaginando estar atrasado. Na porta da UERJ, uma fila imensa – não sei como esse pessoal coube inteiro lá dentro – e um sol de rachar. Por volta das 13 horas, os portões foram abertos, na maior organização.

Após mais quinze minutos de espera, entra o apresentador do show: Fernando Vanucci (“Alô, você!”). Sabe-se lá Deus por que, a claque não perdoou: “Viado! Viado!”. Simpático, Vanucci fez ouvido de mercador. E auto-ironizou: “Pois é, todo mundo se espanta de como sou baixinho...”

Para “fazer hora”, o apresentador fez uma espécie de gincana, com perguntas sobre a carreira dos três artistas que se apresentariam. Quem acertasse, ganharia um chopp do patrocinador do evento. Em se tratando de crianças – havia crianças no local, sabia? –, ganhava um guaraná.
Logo após a brincadeira, Vanucci chamou ao palco a primeira atração:


BOCA LIVRE


Formado por Zé Renato (violão e voz), Maurício Maestro (contrabaixo e vocal), Lourenço Baeta (violão e vocal) e o ex-Vímana Fernando Gamma (violão e vocal), o quarteto (ironicamente) tocou apenas... quatro músicas: “Feito Mistério”, “Ponta de Areia”, e seus dois maiores sucessos, “Toada” e “Quem Tem a Viola

Além de bons instrumentistas, os integrantes são impecáveis nas harmonias vocais. Destaque também para a luz e o som do evento – que estavam simplesmente perfeitos.


CÁSSIA ELLER


Muito bem recebida pelo público, a cantora entrou no palco com seu violão a tiracolo, e visual despojado: jeans e uma t-shirt larga – o que dava a uma certa de impressão de... , fragilidade à sua figura. Mas isso só até o momento em que abriu a boca. A voz extensa de Cássia parecia fazer tremer as paredes do auditório.

A apresentação começou com “Sensações”, de Luiz Melodia. E prosseguiu com a versão rasta de “Eleanor Rigby”, dos Beatles. Na terceira música, a gayRubens”, a plateia já estava na mão de Cássia. Na sequência, o rock vigoroso “Não Sei o Que Eu Quero da Vida” chutou para longe o conceito de que o-banquinho-e-o-violão estão sempre associados à bossa nova.

Finalizando a surpreendente apresentação, a sua bem-sucedida de versão de “Por Enquanto”, da Legião Urbana, com citação dos Beatles de “I've Got a Feeling”. Com a potência de sua voz, e sua “entrega” no palco, Cássia vai longe.

E chegou a vez do astro da tarde.


LOBÃO


Delírio total do público: o Grande Lobo entra cena, de cabelos curtos, t-shirt lisa, bermuda quadriculada, tênis com meia soquete – visual totalmente clean. Com a tulipa de chopp na mão – devido ao calor, o artista bebeu várias durante o show – e desbocado com sempre, negou que estivesse “light”, como Fernando Vanucci o apresentou.

Eis o set list, com os comentários do músico:

* “Por Tudo o que For
* “Help” (Ao tocar o clássico dos Beatles, Lobão não perdeu a piada: “Essa o Collor deve estar cantando agora...”)
* “Essa Noite, Não” (“Essa é a melô do suicida frustrado. Ou vice-versa.”)
* “Noite e Dia / Me Chama” (“Duas canções que a Marina Lima gravou.”)
* “Bangu x Polícia 0” (Para esse número, Lobão chamou ao palco Ivo Meirelles)
* “Panamericana (Sob o Sol de Parador)” (“Essa é sobre uma imaginária República das Bananas, com dezenove perguntas para nenhuma resposta.”)
* “E o Vento te Levou
* “Chorando no Campo” (“Uma canção meio country”)
* “Vida Bandida” (“Me inspirei no Jorge Ben Jor para arranjar essa.”)
* “Mal Nenhum” (“A minha primeira parceria com o Cazuza. Adoro essa música.”)
* “Decadence Avec Élégance” (“Em 1985, me pediram para fazer uma música para uma novela da Globo sobre o mundo das passarelas, chamada Ti Ti Ti. Pensei em falar sobre o oposto da elegância das modelos. Aí saiu: ‘Você não sabe a arte de saber andar /nem de salto alto nem de escada rolante.’ E é uma canção bilíngue – o refrão é em francês.”)
* “Corações Psicodélicos” (“Não sei se vai sobreviver assim, sozinha ao violão”. Sobreviveu, sim)
* “Rádio Blá
* “Revanche”.


No intervalo entre uma canção e outra, Lobão pedia silêncio à plateia. E não era atendido.

– Vocês são revolucionários. A geração ‘cara-pintada’. Vocês são inteligentes, porra! Este é um show universitário, não o Xou da Xuxa! – disparou.

Até que, em um determinado momento, o artista perdeu a paciência. E deixou o palco, levando o violão em uma das mãos. E a tulipa na outra.

Alguns aplaudiram a atitude do músico. Outros vaiaram. Após levantar de seu banquinho, Lobão deu três passos. Parou. E voltou ao microfone, destilando ironia: “Vocês são demais, tá?”. E retirou-se em definitivo. Fernando Vanucci, sem ação, não sabia o que dizer.

Final de show. Bolas de aniversário caindo do teto do auditório. Tudo muito bonito. No repertório de Lobão, porém, ficaram faltando sucessos como “Vida Louca Vida” e “Canos Silenciosos”. A despeito disso, foi uma apresentação memorável. Que os “caras-pintadas” não souberam apreciar devidamente.

Júlio Barroso: a promessa não-cumprida do rock nacional

Originalmente publicado em março de 2010 no TOM NETO.COM.



O disc-jockey, poeta e jornalista carioca Júlio Barroso [foto] foi, sem dúvida, a grande promessa não-cumprida do rock nacional.


Gravou, em 1983, um único disco com à frente da Gang 90, Essa Tal de Gang 90 & as Absurdettes, com o qual emplacou três hits: a ótima “Nosso Louco Amor” (tema da novela Louco Amor, de Gilberto Braga, exibida naquele mesmo ano), “Perdidos na Selva”* (regravada, com sucesso, pelo Barão Vermelho, em 1996), e “Telefone” (que recebeu, em 1999, uma versão do Ira!, com participação de Fernanda Takai).

Barroso morreu no dia 06 de julho de 1984, aos 30 anos, ao cair da janela de seu apartamento – no 11º andar –, em São Paulo, em circunstâncias não esclarecidas até hoje. Fica a certeza de que seria um ídolo da envergadura de Renato Russo, Cazuza e Lobão, se a vida não tivesse lhe escapado tão precocemente.



* Curiosidade: “Perdidos na Selva” é uma parceria de Julio Barroso com... Guilherme Arantes. Entretanto, o festival MPB Shell não permitia que um autor concorresse com duas canções. Sendo assim, Arantes, que na edição de 1981 já defendia “Planeta Água” – que terminou na segunda colocação –, abriu mão da autoria de “Perdidos na Selva”.


Veja os vídeos de “Telefone...




...“Nosso Louco Amor...




...e “Perdidos na Selva.

Invasões e combates: a fundação do Rio de Janeiro


Artigo originalmente publicado em março de 2010 no TOM NETO.COM.


Conflitos marcaram os primeiros anos da história da cidade

Ontem, o Rio de Janeiro comemorou 445 anos. A cidade foi fundada no dia 01 de março de 1565 por Estácio de Sá – que se tornou o primeiro governador –, com o intuito de expulsar os franceses, que estavam instalados na Baía de Gunabara há uma década.

O objetivo dos invasores era, através do comércio de pau-brasil, criar aqui a chamada França Antártica. Mas foram expulsos em definitivo dois anos depois.

Um mês após a expulsão, mais precisamente no dia 20 de fevereiro de 1567, Estácio de Sá morreu, devido a uma infecção causada por uma flecha envenenada, que o atingira no rosto durante o combate com os franceses.

Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil – e tio de Estácio –, transferiu, então, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho: Salvador Correia de Sá.


***


Muitos anos depois, os franceses tentariam invadir novamente o Rio de Janeiro. Primeiro, em 1710, sob o comando do corsário Jean Francois Du Clerc – quando, aliás, foram derrotados. No ano seguinte, contudo, impuseram enorme humilhação à cidade, através do corso do almirante René Duguay-Trouin.

Com 5.400 homens divididos em dezessete navios, a esquadra francesa ocupou e saqueou a cidade, onde permaneceu por dois meses, trazendo pânico aos locais. Após afugentar a população para o interior, Duguay-Troin exigiu o pagamento de um resgate, sob pena de destruir o Rio de Janeiro.

O então governador, Francisco de Castro, acabou pagando com seus próprios recursos parte da quantia exigida, aconselhando o corso a levar todo o ouro e riquezas que conseguisse obter, alegando que a população levara consigo seus pertences de maior valor.

Em 13 de novembro de 1711, as tropas francesas partem do Rio de Janeiro, deixando para trás uma cidade totalmente devastada.

Detalhe: ao contrário dos piratas, os corsários eram autorizados a pilhar navios de outra nação, como uma forma fácil e barata de enfraquecer os inimigos. Além disso, os corsos pagavam cerca de um terço daquilo que saquevam ao tesouro real.


***


E, já que falei em corsários – embora, a rigor, a canção nada tenha a ver com o post –, veja o vídeo de “Corsário”, de João Bosco e Aldir Blanc, na interpretação definitiva de Elis Regina:

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Da série ‘Discos para se Ter em Casa’: ‘Mondo Cane’, de Lulu Santos


Originalmente publicado em fevereiro de 2010 no TOM NETO.COM.


Em 1992, Lulu Santos assinou com a antiga Polygram, atual Universal Music, e gravou aquele que, para muitos, é o seu melhor trabalho. Mondo Cane [no detalhe, a capa] trazia o pop que sempre caracterizou o músico, mas como uma certa... amargura nas letras.

Isso, sem contar as quatro faixas com guitarras pesadas – “Ecos do Passado”, “Fevereiro”, “Máquinas Macias” e a instrumental “Hormônios” –, que entusiasmaram público e crítica na ocasião.

Quando o álbum completou quinze anos de lançamento, escrevi um artigo para o jornal International Magazine, que você pode ler clicando aqui.

Portanto, com todos os méritos, Mondo Cane inaugura a série Discos para se Ter em Casa.

‘Um Vício’, ‘Cicatriz’ e ‘Foi Mal’

Na introdução curtinha, o ouvinte imagina tratar-se de uma canção para cima. Pista falsa. Desde os primeiros versos, “Um Vício” define o amor de modo cáustico: “O amor devia ser proibido / porque é uma droga pesada”. E prossegue: “E, com a mesma rapidez que você chega aos céus / o inferno passa a ser seu lar. (...) / O que era doce transformou-se em vinagre e ácido. / O que era úmido, da mesma forma. Agora é árido. / E o que antes era vivo já não pulsa mais – tornou-se uma assombração.”

Cicatriz” é um ska animadinho, cujo clipe tem a participação da Intrépida Trupe. Mas não se iludam com isso. A exemplo de “Um Vício”, a letra novamente fala de amor de uma maneira cáustica: “Eu te afoguei no líquido / desse pântano escuro que eu chamo de amor.” O refrão, contudo, expressa alguma esperança: “Ninguém me garante que eu vou ser feliz / mas ninguém me impede de tentar sê-lo.

Já “Foi Mal” é um pop típico de Lulu Santos. Mas com versos indisfarçavelmente desencantados. O clipe, claramente inspirado no filme A Hard Day's Night [no detalhe], presta homenagem aos Beatles.



Um Vício




Cicatriz




Foi Mal

‘A Coisa Certa’, ‘Apenas Mais uma de Amor’ e ‘Ecos do Passado’

A Coisa Certa” emula o som das chamadas “bandas de franjinha” que surgiram aos montes em Manchester, Inglaterra, na década de 1990 – The Inspiral Carpets, Charlatans U.K. [no detalhe], etc. A letra baseia-se no interessante trocadilho com a palavra presente: “Quero lhe oferecer o meu presente / tomara que você aceite, e fique bem contente...” Observe: cantor refere-se ao tempo verbal...

A tocante moda-de-viola beatleApenas Mais uma de Amor” foi o hit solitário do álbum. E uma das mais belas canções da carreira de Lulu Santos. Dispensa apresentações.

Em “Ecos do Passado”, rock lento e pesado cujo riff se repete ad aeternum, o mondo cane começa a aparecer de verdade...



A Coisa Certa





Apenas Mais uma de Amor





Ecos do Passado

‘Fevereiro’, ‘Máquinas Macias’ e ‘Hormônios’


Lulu Santos caprichou nas guitarras na trinca “Fevereiro”, “Máquinas Macias” e “Hormônios”. Na primeira, descreve a Cidade Maravilhosa como um cenário dantesco: “Ar, é necessário respirar / sair debaixo dessas nuvens de metal / ferro fundido, enxofre e fel. / Ainda que seja fevereiro / em pleno Rio de Janeiro, exposto ao sol / como a carniça de um animal.”

A agressiva “Máquinas Macias” fala de sexo: “Máquinas macias, autolubrificantes / resfolegando a noite produzindo, produzindo.”

A instrumental “Hormônios” fecha o bloco. Destaque para a (ótima) bateria de Christiaan Oyens.



Fevereiro





Máquinas Macias





Hormônios

‘Aquela Vontade de Rir’, ‘Realimentação’ e ‘E Então? (Boa Pergunta)’

Composta por Zé Renato, ex-Boca Livre, em parceria com o diretor teatral Hamilton Vaz Pereira, “Aquela Vontade de Rir” é um momento de “calmaria” depois da... er, tempestade. Acompanhado apenas por teclados, Lulu Santos canta versos delicados: “Meus plenos poderes / meus grandes momentos / meus sentimentos mais serenos”.

Em “Realimentação”, o cantor aproxima-se, mais uma vez, do samba, em belos dedilhados de guitarra, ao lado da bateria de Marcelo Costa.

A bossa “E Então? (Boa Pergunta)” fecha o álbum de maneira... plácida. Detalhe: nesta faixa, em vez de um previsível violãozinho de nylon, Lulu preferiu tocar guitarra...


Aquela Vontade de Rir



Realimentação



E Então? (Boa Pergunta)

‘Auto-estima’

Auto-estima” não integra Mondo Cane. Foi editada, meses depois – também pela Polygram –, em um (malfadado) formato chamado maxi-single. Portanto, pode-se dizer que está no mesmo... hum, contexto do álbum.

Curiosidade: na letra, Lulu Santos menciona o supracitado Hamilton Vaz Pereira, autor de “Aquela Vontade de Rir” – saiba mais aqui.

O único registro de “Auto-estima” que se encontra atualmente em catálogo está na coletânea Perfil, de 2004 [no detalhe].